Muitas das vezes nem o melhor engenheiro projetista consegue antever todos os possíveis problemas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o exército alemão teve um problema bastante peculiar ao invadir a Rússia. Os tanques dos quais eles dependiam estavam a ser inutilizados por um inimigo inesperado: ratos.
À medida que as tropas alemãs avançavam para a União Soviética, encontraram vastos territórios cobertos por campos de cultivo, como trigo e milho. Essas plantações atraíam ratos, que ao se depararem com os tanques causavam estragos.
Os tanques eram equipados com sistemas elétricos e instrumentos delicados, incluindo fios e outros componentes, que eram altamente suscetíveis a danos causados por estes roedores. Os motores dos tanques e os sistemas de comunicação eram especialmente vulneráveis, pois os ratos mastigavam o isolamento dos fios elétricos, causando curto-circuitos, que muitas vezes resultavam na paragem ou inutilização dos tanques.
O problema tornou-se tão grave que afetou a capacidade do exército alemão de realizar operações eficazes e causou atrasos e dificuldades significativas. O exército foi forçado a dedicar tempo e recursos significativos para reparar os danos causados pelos roedores, o que significou que eles tiveram que tirar os seus tanques de serviço e trazê-los de volta para as oficinas.
O exército alemão tentou vários métodos para combater o problema, incluindo o uso de veneno, armadilhas e extermínio. No entanto, estes métodos foram apenas parcialmente bem-sucedidos e os tanques continuaram a ser atormentados pelos roedores.
O problema dos roedores acabou por ser resolvido através de uma combinação de melhor engenharia e melhor compreensão dos hábitos dos roedores. O exército alemão melhorou o isolamento dos fios elétricos e fez outras modificações para tornar os tanques menos atraentes para os roedores. Os tanques também foram equipados com dispositivos para impedir a entrada de roedores, como tampas metálicas e telas.
O problema dos ratos em tanques durante a Segunda Guerra Mundial é um exemplo fascinante dos desafios inesperados que podem surgir na aplicação real de um produto, que nem o melhor engenheiro projetista consegue antever.